SALA DE JANTAR: exposição coletiva - ANEXO
Artistas:
Ana Dias Batista; Anália Moraes; Daisy Xavier; Daniel Jorge; Debora Bolzsoni; Fernanda Pompermayer; Giulia Bianchi; Gustavo Bittencourt; Guto Neves; Irineu Baniwa; Jean Marie Auguste Lurçat; Joaquim Tenreiro; Marcus Deusdedit; Maria Andrade; Maria Laet; Pepi Lemes; Rodrigo Bueno; Seba Calfuqueo; Sérgio Romagnolo; Sonia Gomes; Thiá Sguoti; Thiago Honório; Wagner Malta Tavares
Sala de Jantar
Curadoria Cristina Tolovi e Luana Fortes
Abertura Terça-Feira, 27 de maio, 18h-21h
Exposição 27 de maio – 26 de julho de 2025
Local Anexo Galeria Marilia Razuk
Rua Jerônimo da Veiga, 62, Itaim Bibi, São Paulo
Segunda a sexta, das 10h30 às 19h | Sábado, das 11h às 16h
Apoio Branco.Casa
Agradecimentos Especiais
Branco casa
ArtSoul
Galeria Mitre
Galeria Paulo Darzé
Mendes Wood DM
Galeria Eduardo Fernandes
Galeria Luisa Strina
Galeria Lora Ronco
Passado Composto Século XX
A partir de 27 de maio, a Galeria Marilia Razuk, inaugura uma programação de projetos para o seu espaço localizado no número 62 da Rua Jerônimo da Veiga, que passa a se chamar Anexo Galeria Marilia Razuk. Para marcar essa nova fase, Razuk acolhe a exposição “Sala de Jantar”, com a proposta de exibir obras em um contexto que remete ao ambiente que lhe dá nome.
Com referência ao trabalho Hôtel du Pavot, Chambre 202 (1970-1973), da artista e poeta estadunidense ligada ao Surrealismo Dorothea Tanning, a consultora de arte Cristina Tolovi e a curadora Luana Fortes concebem a mostra se aproximando dos aspectos velados dos espaços domésticos. Elas apresentam obras de artistas e designers, não se apegando a separações entre essas duas esferas da criação. Como conta Tolovi: "A proposta é uma exposição em que diferentes linguagens dialoguem, por meio de uma diluição de fronteiras entre design e artes visuais.”
Luana Fortes destaca: “A mostra nasce de trabalhos de artesãos-artistas-criadores-designers que formam um conjunto de diferentes linguagens e formas de expressão, procurando desestabilizar o que se entende por obra de arte e objeto, guardando tensões do próprio sistema artístico e também das relações fora dele.”
Diferentemente do que vem à mente quando se escutam as palavras "Sala de Jantar", a mostra tem o intuito de, assim como o trabalho de Tanning, apresentar essa “ambivalência, esse ‘desconforto’ gerado pela separação entre o que está vivo e o que parece imóvel”, nas palavras de Luana, que segue: “Assim, a mostra reúne artistas de diferentes trajetórias e formas de expressão para compor um ambiente que remete a um espaço preparado para o encontro, mas também atravessado por tensões e gestos de controle.”
A galerista, Marilia Razuk, concorda e completa: “A partir desta exposição, buscamos abrir portas para novas ideias, formatos e narrativas curatoriais. Queremos trazer um olhar fresco, sem os vícios que são normalmente adquiridos ao longo dos anos, assim como acolher práticas experimentais e perspectivas inovadoras.”
O trabalho de Fernanda Pompermayer está entre os destaques da mostra. ‘Anúncios cósmicos’, uma obra inédita da artista curitibana, apresenta formas inusitadas por meio transformação e combinação de diferentes materiais, entre os quais estão cerâmica esmaltada, vidro, resina, ouro e madrepérola. Outro nome importante da exposição é o artista visual Daniel Jorge, que exibe trabalhos como ‘Ancestral’. Sua pesquisa se debruça sobre o senso de pertencimento e novas imagens de identidade ao trabalhar com materiais fundamentais para o imaginário afrodiaspórico, como a rocha pedra sabão.
A pintura “Sem retorno ao paraíso” marca a presença de Giulia Bianchi em “Sala de Jantar”. A artista vem desenvolvendo estratégias que possibilitam investigar novas possibilidades de percepção que vão além do óbvio, alterando a escala visual, seja devido aos traços e texturas implícitas em suas pinturas, seja devido à sinestesia provocada por elas. Ana Dias Batista, por sua vez, traz para a exposição trabalhos como “O ovo e a concha”. A prática artística de Ana Dias Batista frequentemente envolve a apropriação de objetos do cotidiano, reorganizando-os de maneira a questionar suas funções originais e provocar novas interpretações.