Maria Andrade

São Paulo, 1967.

Vive e trabalha em São Paulo.

Maria Andrade utiliza a pintura como linguagem majoritária, na qual pinta paisagens inventadas de sua memória. Em uma interlocução entre consciente e inconsciente, ao mesmo tempo utiliza referências visuais de lugares visitados, como sua última residência artística em Marrocos, e a paisagem do interior de Minas Gerais, também cria paisagens gestuais e oníricas, que acontecem no momento da pintura, partindo de seu imaginário, de memórias de infância, viagens, livres de compromisso com a realidade. A artista experimenta, ousa, e desorganiza o nosso olhar. Seu processo de criação se dá com imagens que surgem rapidamente na tela, em um fluxo quase imediato dos gestos que constituem suas pinturas, característica marcante em sua obra.

Utiliza muitas vezes a madeira como suporte e trabalha em pequenas dimensões em grande parte de suas obras, o que confere uma maior fluidez a sua pincelada. Suas pinturas a óleo dão a impressão de terem sido feitas em um só fluxo de trabalho, o que agrega um frescor e um ar de displicência positiva. Esta mesma atmosfera continua presente em seus trabalhos recentes que exploram escalas maiores e mais desafiadoras. As molduras também se tornaram um elemento importante em suas composições, geralmente finas e delicadas, ao mesmo tempo que delimitam o campo pictórico, criam uma espécie de janela que transporta o espectador para uma nova realidade.

Principais exposições:

Entre as principais exposições, destacam-se Sala de Jantar (2025), curadoria Luana Torres e Cristina Tolovi, Galeria Marilia Razuk; Arte Livre- paisagem contemporânea em Cidade Tiradentes, (2024) Curadoria Rodrigo Naves e Marina Frugoli. Centro MariAntonia, São Paulo;  Das paisagens, essas que vêm aos lábios, curadoria Galciane Neves, Sem Sombra de dúvidas (2022), na Galeria Marilia Razuk, com texto de Rodrigo Naves, Arte é bom, MIS - Museu da Imagem e do Som, São Paulo (2022), Cerrado, na Boiler Galeria, com texto de Tiago Mesquita, e Um lugar lugar nenhum (2021) com curadoria de Rodrigo Andrade, na Galeria Marilia Razuk. A diferença entre as coisas (2019) na Galeria Vírgilio, com texto de Vania Reis, Um desassossego, na Galeria Estação (2016).