JOSÉ BECHARA: GEOMÉTRICA

Em “Geométrica”, José Bechara apresenta sua nova série intitulada “Open House”, dedicada à experiência escultórica em pequena escala. São objetos produzidos a partir de 2006, em diferentes materiais, tais como fórmica, madeira e oxidação de aço sobre madeira, que apontam para as novas direções da obra do artista.

Situada no campo de pesquisas de um projeto iniciado em 2002 chamado a “A Casa”, que opera o espaço em sua dimensão real, esta nova experiência estabelece relações com o objeto mais próximo do observador,  oferecendo-se a uma leitura mais intimista.

Em“A Casa” , José Bechara explora o conceito de abrigo e moradia e tenta estabelecer relações físicas, metafísicas e visuais  sobre habitat, criando associações poéticas que cercam tanto seu espaço interno quanto externo. Os móveis são projetados através das janelas e portas, levantados uns contra os outros como uma grande carga pesada, infligindo mudança na configuração da casa e na sua função original.

Segundo o artista estas novas peças tem uma experiência própria e enfrentam problemas específicos: “... Dentre outras questões, tenho a impressão de que algumas das peças, em certa medida, desenham no espaço. Mas é um espaço pequeno, uma órbita própria talvez. Às vezes, quando estou trabalhando nelas, tenho impulsos parecidos com aqueles que me levam ao desenho. Nas peças muito grandes, como “A Casa” e instalações ligadas a este projeto como Ok, Ok Let's Talk (este último apresentado na Pinacoteca do Estado de São Paulo e na Paralela 2006) eu acreditava que poderia esculpir o vazio, em função de sua grande escala... Com essas peças da série “Open House” eu acho que, às vezes, posso desenhar no espaço. É diferente de esculpir o espaço. É uma relação muito delicada.”

Toda a série “Open House ” será  registrada em livro a ser lançado em 2007.

Faz parte também desta exposição 5 fotografias das Séries “Temporária” , “Nova” e “Paisagem Doméstica”.

Sobre o artista:

Nascido em 1957 no Rio de Janeiro, José Bechara estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (87/91). Iniciou sua produção no inicio dos anos 90 e desde então vem realizando individuais e participando de coletivas no Brasil e no exterior. Destacam-se: 25ª Bienal Internacional de São Paulo (2002); Marília Razuk Galeria de Arte, São Paulo (individual, 2002); Novas Aquisições Culturgest, Lisboa, Portugal (2003); Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (individual, 2004); Museu de Arte Moderna RJ (individual,2004 ); Marília Razuk Galeria de Arte, São Paulo (individual, 2004);  A Chocolataría - D'5, Espazo de Experimentación e Creación Contemporánea de Santiago de Compostela, Espanha(individual, 2005); V Bienal do Mercosul (2005); 29º Panorama da ArteBrasileira, MAM SP (2005); ASU Art Museum, Phoenix, USA (2006); Projeto Octógono, Pinacoteca do Estado de São Paulo (individual 2006).