THIAGO BARBALHO: CORRESPONDÊNCIA

12 Agosto - 14 Setembro 2019
Apresentação

Abertura: 

10 de Agosto, sábado, das 12h às 16h

Período expositivo: 

de 12 de Agosto até 14 de Setembro de 2019

 

Horário de funcionamento: 

segunda a sexta-feira, das 10h30 às 19h / sábado, das 11h às 16h

Thiago Barbalho apresenta “CORRESPONDÊNCIA”, sua primeira exposição individual na Galeria Marilia Razuk, composta por três trabalhos principais em desenho de dimensões variadas em que utiliza lápis de cor, grafite, spray, óleo, aquarela, pastel oleoso e marcador sobre papel, além de uma pequena escultura que dá nome à exposição.


Thiago estudou filosofia e começou sua carreira como escritor, tendo publicado um romance, ensaios, poesia, um livro de contos, e fundado uma editora independente. O artista colocou em crise os limites da linguagem escrita, abandonou a literatura e passou a se dedicar primordialmente ao trabalho visual. Ao dar preferência ao desenho, Thiago exercita o gesto pictórico enquanto superação dos limites da palavra para produzir uma literatura explodida, sem hierarquias, composições extremamente intricadas, porém não planejadas, nas quais uma multiplicidade de imagens, símbolos e campos de cor se fundem umas nas outras para criar superfícies vibrantes ininterruptas.  
 
O artista utiliza o conceito de antropotécnica, do filósofo Peter Sloterdijk, enquanto autoconstrução instituída pela espécie humana, para entender o desenho como uma tecnologia permanente e ancestral. Sua pesquisa em busca da relação da consciência com a realidade toma o desenho como um resultado celebrativo da presença humana e sua capacidade de fazer escolhas (simbolizada na ação deliberada de um traço feito no papel). Fruto de pesquisas tanto de filosofia da mente quanto do amplo repertório estético produzido pelos povos originários da América do Sul, o desenho de Thiago funciona como o cruzamento da consciência e do tempo. 

O resultado do seu trabalho questiona o que é um ato deliberado (um traço, um rabisco) no mundo atual, ao mesmo tempo em que se recusa a se submeter a uma razão apenas, ainda que deixe pistas de símbolos em profusão a partir de narrativas fragmentadas, articuladoras de referências que vão de história a alta e baixa cultura, de filosofia a vida cotidiana.

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